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As Margens do Negócio

Atualizado: 12 de jan.

Você sabe a diferença entre Margem de Lucro Líquida, Margem Bruta e Margem Operacional?

Nesse post iremos explicar quais as diferenças entre elas e mais alguns indicadores importantes para o seu negócio.


A Margem de Lucro do negócio é um dos indicadores mais importantes para avaliar a saúde do negócio. Mas podem haver diferentes margens de lucro e cada uma dela passa uma informação diferente. Por isso, é importante que a diferença entre elas esteja na ponta da língua do empresário para tomar qualquer decisão.


Margem de Lucro

Para começo de conversa, vamos conceituar a margem de lucro. Lucro é o que sobra do faturamento da empresa, após descontadas as despesas, custos e impostos. É o dinheiro que vai para o bolso do sócio, ou reinvestido na empresa. Toda vez que se usa o termo Margem é para designar o percentual de algo (margem de erro, margem de segurança). Portanto, margem de lucro é o percentual do faturamento que sobra depois de todas as deduções. Cada "tipo" de margem considera ou não alguma informação específica. Vamos aos exemplos.


Margem de Lucro Bruto

Lucro Bruto é tudo que sobra do faturamento após deduzidos os custos de matéria-prima. No caso da indústria, o custo deduzido é o CPV (Custo de Produtos Vendidos). No comércio, é o CMV (Custo de Mercadoria Vendida). A diferença entre os dois ocorre pois, fiscalmente, produto é o que uma empresa produz de fato, enquanto a mercadoria é um produto comprado e revendido. Já na área de serviços, o custo a se deduzir é o CSP (Custo de Serviços Prestados). Por exemplo:

A empresa X compra uma camiseta da industria por R$ 10,00 e revende aos consumidores por R$ 50,00. Seu lucro bruto, por camiseta, é de R$ 40,00. Já a Margem é de 80% (Lucro Bruto/Receita = 40,00/50,00).

A Margem Bruta e um indicador importante para avaliar a eficiência pura do produto ou serviço prestado, considerando apenas o custo variável atrelado a sua obtenção. Se a empresa possui uma margem bruta negativa, significa que está pagando mais caro em seus produtos do que seu preço de venda, e não sobrará dinheiro para pagar as demais contas do negócio.


Margem de Lucro Operacional

Também conhecido como EBITDA ou EBIT, o Lucro Operacional é o lucro resultante da operação da empresa, sem considerar fatores externos, como impostos, juros e depreciação. O objetivo desse indicador é mostrar a eficiência da empresa desconsiderando o ambiente em que está inserida, ou seja, se não fosse pelos impostos, pelas dívidas e pela economia, a empresa estaria gerando dinheiro?

No cálculo do lucro operacional se considera a receita da empresa, e se deduzem os custos variáveis (CMV, CPV ou CSP), assim como as despesas operacionais (despesas administrativas, trabalhistas e comerciais). Nessas despesas estão contidos os gastos com folha de pagamento, marketing, luz, água, etc.

Vamos a um exemplo.

A empresa Y fatura R$ 100.000,00 no ano. Ela gasta 50.000,00 na aquisição de seu estoque e R$ 30.000,00 com funcionários e marketing. Portanto, seu lucro operacional é de R$ 20.000,00 e sua margem operacional é de 20% =(Custos+Despesas Operacionais)/Receita.


Margem de Lucro Líquido

A Margem Líquida é o que realmente sobra de dinheiro depois de todas as despesas, custos, deduções e impostos. É o resultado "real" da empresa. Para muitos investidores, é o indicador mais importante para avaliar a saúde da empresa. Pois de nada adianta ter um lucro operacional bom, se ele é inteiramente consumido por impostos (devido a uma má estratégia tributária) ou juros (por conta de dívidas mal negociadas).

A empresa Z fatura R$ 1 mi no ano, gasta R$ 0,5 mi com estoque, R$ 0,25 mi com equipe, R$ 0,20 com impostos e R$ 0,02 mi com outras despesas fixas. O Lucro Líquido da empresa é de 80 mil reais (Receita - Todos os Custos e Despesas). E a margem líquida é de 8%

Mark Up

É muito comum confundir esse indicador com a margem de lucro de um produto, mas é importante tomar esse cuidado, por isso explicaremos aqui quais as principais diferenças.

Mark Up é o valor adicionado ao preço de compra (custo) de uma mercadoria para formar seu preço de venda. Por exemplo:

A empresa W comprou uma camiseta por R$ 50,00. Para formar seu preço, o empresário multiplica o preço de custo por 2x. Ou seja, 2 x 50,00 = R$ 100,00. Nesse caso, a mark up do produto é igual a 2.

A relação entre o Mark up e a Margem Bruta de cada produto (unitária) pode ser definida pela seguinte equação:

Mark Up = 1 / (1 - Margem Bruta Unitária)

Por exemplo, se a margem bruta é 50%, o Mark Up é igual a 2. Se a margem for 75%, o Mark Up é igual a 4.


Rentabilidade (ROI)

Até aqui, falamos apenas de indicadores de Lucratividade, ou seja, quanto a empresa lucra em relação a sua receita. Mas também é importante falar de rentabilidade. Medir a rentabilidade de uma empresa ou de um projeto é medir quanto a empresa lucra em relação ao investimento que foi feito inicialmente. Por exemplo:

A empresa K investiu R$ 1,0 bi na fábrica de São José dos Pinhais. No primeiro ano, a fábrica teve um lucro líquido de R$ 50 mi. A rentabilidade do projeto, no primeiro ano, foi de 5% (50mi/1.000mi).

Esse indicador é importante para medir o retorno de um investimento em determinado período, assim como para medir quanto tempo levará para o projeto gerar retorno, como veremos no próximo item.


Viabilidade (Payback)

O tempo de payback analisa a viabilidade de um projeto ou investimento. Ele indica quanto tempo levará para que o investimento feito retorne integralmente pra aqueles que o fizeram. Essa conta considera a rentabilidade do projeto (ROI) ao longo do tempo.

Se a empresa K teve uma rentabilidade de 5% no primeiro ano, ela levaria 20 anos para dar um retorno de 100% (se mantivesse a mesma rentabilidade em todos os períodos).

Assim, quem investiu na fábrica da empresa K pode estimar que recuperará o dinheiro investido em cerca de 20 anos.


Fluxo de Caixa (variação)

Outro indicador facilmente confundido com a margem de lucro é a variação do fluxo de caixa. Variação do fluxo de caixa é quanto entrou no caixa da empresa menos quanto saiu do caixa da empresa. A primeira impressão ao entender esse conceito é concluir que realmente o lucro e a variação do fluxo de caixa são a mesma coisa. Mas aqui é importante entender a diferença entre um balanço patrimonial e um demonstrativo de resultados, e principalmente a diferença entre Regime de Caixa e Regime de Competência.


LTV e CAC

Uma nova abordagem sobre as finanças empresariais sugere que o cálculo da rentabilidade de uma empresa seja feita com base não no que a empresa lucra de fato, mas no que ela pode lucrar. Essa abordagem é feita para adaptar as teses de investimento a velocidade com que as coisas acontecem no mercado.

Nessa situação é comprado quando um cliente da de receita a empresa ao longo de sua vida, ou seu LTV (Livetime Value), com o quanto custa para esse cliente ser adquirido, ou seu CAC (Custo de Aquisição de Cliente). Um indicador de saúde comercial da empresa é quando a relação entre LTV sobre CAC é igual a 3. Ou seja, um cliente fera de receita 3 vezes mais do que ele custa para ser adquirido.

Também pode ser considerado um outro indicador, o CMC, ou Custo de Manutenção do Cliente. Enquanto a análise do LTV sobre o CAC tem cunho mais comercial, mostrando o quanto de valor um cliente pode gerar a partir de sua obtenção (venda), a análise do CMC tem uma abordagem mais operacional, analisando o cliente de forma análoga à Margem Bruta Unitária ou o Mark Up. A diferença é que as margens de lucro tem como centro da análise o produto e o ano calendário. Já a análise de indicadores como LTV, CAC ou CMC tem como foco a análise da lucratividade de cada cliente.

E como estão as margens de lucro do seu negócio hoje? Entre em contato com a Bonet e agende um diagnóstico gratuito para entender quais os pontos fortes da sua empresa e onde ela precisa melhorar para aumentar suas margens e trazer cada vez mais dinheiro, realização e felicidade a você!




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